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Meu filho morde os coleguinhas na escola. O que isso significa?

Atualizado: 9 de fev. de 2021

Você abre a agenda escolar e encontra um bilhete que diz que seu filho mordeu um coleguinha na escola. Neste momento muitos pais são invadidos por vários sentimentos e dúvidas a respeito desse comportamento.



A mordida é um comportamento muito comum entre as crianças pequenas, entre 1 e 3 anos de idade. Nessa idade, muitas crianças já ingressaram ou estão ingressando na escola, ambiente que proporciona momentos de interação social, rotina e regras. Nesse contexto, é comum que os pais esperem que a criança esteja preparada para fazer amigos e conviver com eles.

No entanto, nessa fase a criança ainda não consegue se comunicar e expressar seus sentimentos e vontades pela comunicação verbal. Muitas vezes é através da mordida que ela encontra formas de demonstrar insatisfação e frustração.


O coleguinha de classe não quis dividir o brinquedo? Nhac!

Ninguém dá a atenção exigida? Nhac!

Estou cansado e irritado? Nhac!


De maneira geral, é importante entendermos que a mordida é uma expressão física assim como puxar o cabelo, tapas e o choro, maneiras que a criança encontra de se comunicar e se expressar. Nessa fase, esse tipo de comportamento é considerado normal e esperada para a idade. O que quer dizer que a criança não é uma criança agressiva ou má por estar mordendo.


O importante nesses casos é que os pais ou responsáveis procurem influenciar e corrigir o comportamento da criança, para que isso não se torne um problema posteriormente.


Ok, MAS O QUE FAZER?

- Primeiro, demonstrar claramente sua desaprovação (cabe para qualquer comportamento não tolerado), dizer “NÃO” de modo firme e com uma expressão clara de desapontamento é muito importante. Se isso ocorre na escola, fora de sua visibilidade, conversar e explicar para a criança após ler o bilhete que isso não é legal e dar a verdadeira importância para esse comportamento como algo que não é bom, também reforçará a atitude tomada na escola pelos professores.

- Nunca ria ou demonstre que achou graça da mordida.

- Explique o porquê não é tolerável morder e o que causa no outro... “dói, machuca”, “o amigo chora”, “o amigo fica triste”, “mamãe fica triste”...

– Se estiver presente, cuide da pessoa que sofreu a mordida e a acolha. Peça ajuda de seu filho, chame-o para ajudar e cuidar e pedir desculpas isso auxilia a criança a entender as consequências de seu comportamento.

- Mostre para criança formas de saudáveis de se expressar. Use as situações para dar exemplos (de preferência antes que a mordida ocorra). Por exemplo: “se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele”, ou “você quer o brinquedo? Então vamos pedir o brinquedo”, dessa maneira você está ensinando a criança se comunicar e manifestar suas vontades.

– Lembre-se que agressividade gera agressividade. O fundamental é ensinar de forma clara toda vez que ocorrer o comportamento, que esse tipo de atitude não é aceitável nem por você, nem pelos outros, logo a criança entenderá que morder não é bom.


Tenha paciência e persistência para educar as crianças que mordem, pois é um processo de aprendizagem e cada criança responde em seu tempo. Caso sinta necessidade procure ajuda de um profissional.


MEU FILHO, NÃO MORDE, MAS É MORDIDO: QUAL ATITUDE TOMAR?

- Primeiramente compreender que a criança que morde não é uma criança ruim, mas sim que esses comportamentos fazem parte da idade.

- Pedir auxilia da escola para evitar essas agressões é fundamental, porém entender que isso pode ser inevitável é importante.

- Se você notar que seu filho é sempre alvo das mordidas, ensine-o a se defender e se impor. Não de forma violenta, incentivando que ele também revide, mas sim orientando que ele conte à professora, ou que fique longe da criança que sempre o morde.


PROCURE AJUDA:

Apesar de, na maioria das vezes, a mordida fazer parte de uma fase do desenvolvimento da criança, em alguns casos, este comportamento pode sinalizar um problema emocional, tanto para as crianças que mordem ou são mordidas. Se estas mordidas passam a ser frequentes ou os pais estiverem com dificuldades para cessá-las, é importante buscar a ajuda de um psicólogo.



Isabella Bassetti, Psicóloga Infantil, CRP 08/23075

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